MST ocupa pátios de órgãos públicos em Porto Alegre
Centenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam nesta manhã o pátio do prédio do Ministério da Fazenda, onde fica a Receita Federal, na Avenida Loureiro da Silva, 445, em Porto Alegre. Outro grupo, com pelo menos cem pessoas, tomou o pátio da Secretaria Estadual de Agricultura, na Avenida Getúlio Vargas, 1384.
Luiz Adílio Alves Xavier, um dos coordenadores dos sem-terra que estão no prédio da Receita, afirmou que não será permitida a entrada de servidores para trabalhar. Na Secretaria da Agricultura, a decisão é a mesma, informou Roseli Canzaroli, da coordenação estadual do MST. Nos dois locais, há colchões, lonas e alimentos.
Segundo José Carlos Pacheco Ferreira, do 4º Regimento de Polícia Montada da Brigada Militar, a polícia deve apenas monitorar as áreas. O secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, João Carlos Fagundes Machado, informou que vai entrar na Justiça com ação de reintegração de posse.
As ocupações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas do MST. De acordo com a organização do movimento, nesta quarta-feira, há protestos e marchas em pelo menos 14 Estados. O grupo reivindica o assentamento de 150 mil famílias acampadas no país e cobra investimentos em infra-estrutura básica.
No Estado, conforme o MST, há 1,5 mil famílias acampadas. O movimento exige o assentamento de 30% delas. Também requer uma reunião com a governadora Yeda Crusius para discutir uma programa de reforma agrária.
O MST pede ainda a renegociação de dívidas rurais com o Banrisul e agilidade na liberação, por parte do governo estadual, de licenciamentos ambientais em 70 áreas do Rio Grande do Sul, que garantiriam a construção de estradas, açudes e agroindústrias em assentamentos.
Um comentário:
Maninho,
Deliquentes aí são: o Estado, o Governo e as autoridades policiais, que não prendem bandidos, invasores e bandoleiros. Quantos prédios públicos e privados eles terão que destruir, sem que recebam uma só pena criminal?
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