quarta-feira

MST ocupa pátios de órgãos públicos em Porto Alegre


MST ocupa pátios de órgãos públicos em Porto Alegre

Centenas de integrantes do movimento estão no local (ZEROHORA.COM, atualizada às 10h21min)

Centenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam nesta manhã o pátio do prédio do Ministério da Fazenda, onde fica a Receita Federal, na Avenida Loureiro da Silva, 445, em Porto Alegre. Outro grupo, com pelo menos cem pessoas, tomou o pátio da Secretaria Estadual de Agricultura, na Avenida Getúlio Vargas, 1384.

Luiz Adílio Alves Xavier, um dos coordenadores dos sem-terra que estão no prédio da Receita, afirmou que não será permitida a entrada de servidores para trabalhar. Na Secretaria da Agricultura, a decisão é a mesma, informou Roseli Canzaroli, da coordenação estadual do MST. Nos dois locais, há colchões, lonas e alimentos.

Segundo José Carlos Pacheco Ferreira, do 4º Regimento de Polícia Montada da Brigada Militar, a polícia deve apenas monitorar as áreas. O secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, João Carlos Fagundes Machado, informou que vai entrar na Justiça com ação de reintegração de posse.

As ocupações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas do MST. De acordo com a organização do movimento, nesta quarta-feira, há protestos e marchas em pelo menos 14 Estados. O grupo reivindica o assentamento de 150 mil famílias acampadas no país e cobra investimentos em infra-estrutura básica.

No Estado, conforme o MST, há 1,5 mil famílias acampadas. O movimento exige o assentamento de 30% delas. Também requer uma reunião com a governadora Yeda Crusius para discutir uma programa de reforma agrária.

O MST pede ainda a renegociação de dívidas rurais com o Banrisul e agilidade na liberação, por parte do governo estadual, de licenciamentos ambientais em 70 áreas do Rio Grande do Sul, que garantiriam a construção de estradas, açudes e agroindústrias em assentamentos.



Um comentário:

Anônimo disse...

Maninho,

Deliquentes aí são: o Estado, o Governo e as autoridades policiais, que não prendem bandidos, invasores e bandoleiros. Quantos prédios públicos e privados eles terão que destruir, sem que recebam uma só pena criminal?