terça-feira

Carta de uma mãe



Aos governantes e à família brasileira,

Perdi o meu único filho.

Ninguém, a não ser outra mãe que tenha passado por semelhante tragédia, pode ter experimentado dor maior.

Mesmo sem ter sido dada qualquer publicidade à missa que ontem oferecemos à alma de meu filho, Luís Fernando Soares Zacchini, mais de cem pessoas compareceram. Em todos os olhos havia lágrimas. Lágrimas sinceras de dor, de saudade, de empatia. Meus olhos refletiam todos os prantos derramados por ele, por mim, por seu filhinho, por sua esposa, por todos parentes e amigos. Por todos os sacrificados na catástrofe do Aeroporto de Congonhas.

Há muito eu sabia que desastres aéreos iriam acontecer. Sabia que os vôos neste país não oferecem segurança no céu e na terra. Que no Brasil a voracidade de vender bilhetes aéreos superou o respeito à vida humana. A culpa é lançada sobre um número insuficiente de mal remunerados operadores aéreos ou sobre as condições das turbinas dos aviões. Um Governo alheio a vaias é responsável pelo desmonte de uma das mais respeitáveis e confiáveis empresas aéreas do mundo, a VARIG, em benefício da TAM, desde então, a principal provedora de bilhetes pagos pelo Governo. Que a opinião pública é desviada para supostos erros de bodes expiatórios, permitindo aos ambíguos incompetentes que nos governam continuarem sua ação impune. Que nossos aeroportos não têm condições de atender à crescente demanda de vôos cujo preço é o mais caro do mundo. Quando os usuário aguardam uma explicação, à falta de respeito ao cidadão juntam-se o escárnio e a cruel vulgaridade de uma ministra recomendando aos viajantes prejudicados que relaxem e gozem. Assuntos de alcova não condizentes com a reta postura moral e respeito exigidos no exercício de cargos públicos. Assessores do presidente deste país eximem-se da responsabilidade e do compromisso com a segurança de nosso povo exibindo gestos pornográficos.

Gestos mais apropriados a bordéis do que a gabinetes presidenciais. Ao invés de se arrependerem de uma conduta chula, incompatível com a dignidade de um povo doce e amável como o brasileiro, ainda alardeiam indignação, único sentimento ao alcance dos indignos. Aqueles que deveriam comandar a responsabilidade pelo tráfego aéreo no Brasil nada fazem exceto conchavos. Aceitam as vantagens de um cargo sem sequer diferenciarem caixa preta de sucata. Tanto que oneraram e humilharam o país ao levar o material errado para ser examinado em Washington. Essas são as mesmas autoridades agraciadas com louvor e condecorações do Governo em nome do povo brasileiro, enquanto toda a nação, no auge de sofrimento, chorava a perda de seus filhos.


Tudo isto eu sabia. A mim, bastava-me minha dor, bastava meu pranto, bastava o sofrimento dos que me amam, dos que amaram meu filho. Nenhum choro ou lamento iria aumentar ou minorar tanta tristeza. Dores iguais ou maiores que a minha, de outras mães, dos pais, filhos e amigos dos mortos necessitam de consolo. A solidariedade e amor ao próximo obrigam-nos a esquecer a própria dor.

Não pensei, contudo, que teria de passar por mais um insulto: ouvir a falsidade de um presidente, sob a forma de ensaiadas e demagógicas palavras de conforto. Um texto certamente encomendado a um hábil redator, dirigido mais à opinião pública do que a nossos corações, ao nosso luto, às nossas vítimas. Palavras que soaram tão falsas quanto a forçada e patética tentativa que demonstrou ao simular uma lágrima. Não, francamente eu não merecia ter de me submeter a mais essa provação nem necessitava presenciar a estúpida cena: ver o chefe da nação sofismar um sofrimento que não compartilhava conosco.

Senhores governantes: há dias vejo o mundo através de lágrimas amargas mas verdadeiras. Confundem-se com as lágrimas sinceras e puras de todos os corações amigos. Há dias, da forma mais dolorosa possível, aprendi o que é o verdadeiro amor. O amor humano, o Amor Divino. O amor é inefável, o amor é um sentimento despojado de interesse, não recorre a histriônicas atitudes políticas.

Não jorra das bocas, flui do coração!
E que Deus nos abençoe!
Adi Maria Vasconcellos Soares

Porto Alegre, 21 de julho de 2007.

sexta-feira

nota de protesto contra assessor de Lula, o do gesto obsceno

Na foto Marco Aurélio Garcia

"É estarrecedor e inaceitável que Marco Aurélio Garcia, o assessor mais próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, falte com o respeito ao povo brasileiro e apareça, de público, fazendo gestos obscenos no interior de uma sala da Presidência da República. Todos fomos atingidos pelos gestos desqualificados. Não é mais possível tolerar tanta indignidade. Não é possível que o assessor do presidente Lula se julgue no direito de atingir as famílias e a memória das quase 200 vítimas do vôo 3054 comemorando a hipótese de o Airbus 320 da TAM ter voado com um defeito no reversor da turbina direita. Não há o que comemorar, Marco Aurélio. Tudo que estamos vivendo é lamentável, deplorável e indesculpável. Em vez de ter preocupação com a dor das pessoas, ou manifestar interesse na busca de saídas para o caos aéreo, o governo, lastimavelmente, só se importa com a popularidade do presidente da República. E a Nação, além da dor, convive com o desamparo. Mas não somos obrigados e nem vamos conviver com a obscenidade. Peça desculpas, Marco Aurélio. E reze para que as pessoas tenham, em relação a você, a tolerância e o respeito que você não teve em relação a elas." Rodrigo Maia 20 de julho de 2007

sábado

Lula não entrega medalha da maratona aquática


A personalidade do público.


As vaias mostraram que independentemente do evento, o brasileiro não se deixa levar pelo oba-oba característico deste tipo de cerimônia. Os problemas de Lula no governo, a eterna disputa entre Brasil e Argentina, a dupla Chavez e Morales, além da antipatia aos EUA, determinaram o comportamento do público.

Um comportamento que poderia não se repetir daqui a alguns dias, basta que os ofendidos revejam suas atitudes e atos. Uma manifestação que pode ser vista como falta de educação, também pode ser encarada como o amadurecimento de um povo que sabe discernir o joio do trigo.

"Sou um profissional de vaias. Já fui vaiado muitas vezes e isso sempre gera para nós uma situação de constrangimento. E aqui, no Rio, o presidente tem a pior avaliação de seu governo. Ele está em um processo de declínio", disse o prefeito do Rio, Cesar Maia.

Blog do PAN

quinta-feira

Região submersa

Foto: Caco Konzen, especial / Agência RBS

Enchentes ainda afetam famílias do Interior e da Ilha da Pintada. Quase 2 mil pessoas estão ilhadas devido à cheia do Rio Jacuí, em Porto Alegre.

O Rio Grande do Sul ainda sente os efeitos da chuvarada que castigou o Estado nesta semana. No Interior, pelo menos 300 famílias continuam desabrigadas por causa das enchentes e, em Porto Alegre, quase 2 mil pessoas estão ilhadas pelas águas do Rio Jacuí.

Em São Sebastião do Caí e Lajeado, municípios que mais sofreram com a cheia do Rio Taquari, mais de 500 pessoas estão alojadas de forma precária em ginásios. A estimativa da Defesa Civil Estadual é que quase mil pessoas tiveram que abandonar suas casas em todo o Rio Grande do Sul, devido a alagamentos.

sexta-feira


Café, a nova arma contra o mosquito da dengue

Uma cientista paulista, a bióloga Alessandra Laranja, do Instituto de
Biociências da UNESP (campus de São José do Rio Preto),durante a pesquisa da sua dissertação de mestrado, descobriu que a borra de café produz um efeito que bloqueia a postura e o desenvolvimento dos ovos do Aedes aegypti. O processo é extremamente simples: o mosquito pode ser combatido colocando-se borra de café nos pratinhos de coleta de água dos vasos, no prato dos xaxins, dentro das folhas das bromélias, e a borra de café, que é produzida todos os dias em praticamente todas as casas tem custo zero.

O único trabalho é o de colocá-la nas plantas, inclusive sendo jogada
sobre o solo do jardim e quintal. Os especialistas em saúde pública, entre eles médicos sanitaristas, estão saudando a descoberta de Alessandra, uma vez que, além da ameaça da Dengues 3, possível de acontecer devido às fortes enxurradas de final de ano, surge outra ameaça, proveniente do exterior: a da Dengue tipo 4. Conforme explica a bióloga, 500 microgramas de cafeína da borra de café por mililitro de água bloqueia o desenvolvimento da larva no segundo de seus quatro estágios e reduz o tempo de vida dos mosquitos adultos.

Em seu estudo ela demonstrou que a cafeína da borra de café altera as enzimas esterases, responsáveis por processos fisiológicos fundamentais como o metabolismo hormonal e da reprodução, podendo ser essa a causa dos efeitos verificados sobre a larva e o inseto adulto. A solução com cafeína pode ser feita com duas colheres de sopa de borra de café para cada meio copo de água, o que facilita o uso pela população de baixa renda e pode ser aplicada em pratos que ficam sob vasos com plantas, dentro de bromélias e sobre a terra dos vasos, jardins e hortas.

O mosquito se desenvolve até mesmo na película fina de água que às
vezes se forma sobre a terra endurecida dos jardins e hortas,também na água dos ralos e de outros recipientes com água parada (pneus,garrafas,latas, caixas d'água etc.). "A borra não precisa ser diluída em água para ser usada", diz a bióloga. Pode ser colocada diretamente nos recipientes, já que a água que escorre depois de regar as plantas vai diluí-la. Ou seja: ela recomenda que a borra de café passe a ser usada, também, como um adubo ecologicamente correto.

Atualmente, o método mais usado no combate ao Aedes aegypti é a
aspersão dos inseticidas organofosforados, altamente tóxicos para homens, animais e plantas.


MAS VOCÊS SABEM PORQUE ISSO NÃO É DIVULGADO NÉ?. AS PREFEITURAS ARRECADAM TODOS OS ANOS UMA POLPUDA VERBA EXTRA POR CONTA DO MOSQUITINHO!!!. POR QUE ACABAR COM ELE!?!?!?


Que tal colaborarmos, repassando a mensagem e aplicando a borra de
café???


Fonte: Luciana Rocha Antunes Bióloga - especialista em Gestão Ambiental Mestranda em Agroecologia e Desenv. Rural UFSCar e Embrapa Meio Ambiente Tel: +55 19 81567751

Foto: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/